Observando o que a tecnologia traz à humanidade, percebemos que seu avanço vai além da busca por máquinas que substituam trabalhos braçais ou contribuam para o amplo crescimento do mercado de trabalho, oportunizando o desenvolvimento econômico e social. Hoje podemos realizar tarefas diárias com a ajuda de aparelhos virtuais modernos, como calculadoras, alarmes, agendas, entre outros. Entretanto, devemos atentar-nos para uma modernidade ainda mais presente em nosso meio: os jogos eletrônicos. Ao mesmo tempo em que proporcionam lazer e entretenimento, podem tornar-se uma pilha de problemas ao usuário se não utilizados prudentemente, os quais devem ser analisados com o propósito de evitar suas armadilhas.
Com as possibilidades tecnológicas, notamos que a área de entretenimento não fica de fora da grande demanda por elas. Encontramos pela internet vídeos, músicas, livros, redes sociais, web sites, blogs e outras aplicações que oferecem divertimento a todas as pessoas, de todas as classes sociais. Se atentarmos ao público mais jovem, veremos a preferência por aplicações voltadas aos games, ou seja, jogos eletrônicos, que vão desde plataformas simples às mais avançadas.
Tudo, no contexto dos jogos, é muito atrativo. Contudo é uma das áreas da tecnologia em que mais existem pontos negativos.É perceptível que o público mais interessado são os adolescentes e jovens, dos quais muitos enfrentam problemas comportamentais e de relacionamento. Muitas vezes, por terem alguma dificuldade, por se sentirem inferiores, buscam refúgio nos jogos virtuais, em que podem ser “melhores” do que na vida real. O problema é que essa busca pode tornar-se excessiva, causando dependência. Segundo especialistas em vícios por jogos eletrônicos, realizar atividades comuns torna-se mais difícil quando o cérebro acostuma-se a saciar-se com o uso de jogos agitados.
Além do vício, outro problema refere-se ao rendimento escolar, que pode começar a cair perceptivelmente, levando esses jovens ao isolamento, migrando da vida real para a virtual. Dessa forma, há brecha para perigos ainda maiores. No início de 2017, um jogo que se alastrou pelo Brasil foi o chamado “Baleia Azul”, no qual era necessário cumprir um determinado número de tarefas e, por fim, cometer suicídio. Muitos jovens caíram nessa armadilha justamente por procurarem no mundo on-line o que não encontraram na vida real.
É claro que sempre existirá recuperação para esses problemas, como tratamentos de dependência e auxílio psicológico. Entretanto, é sempre melhor prevenir do que remediar, e a prevenção vem da educação. Os pais devem estar atentos, impor limites aos filhos e corrigir sua postura, quando necessário. Assim, os avanços e novidades da tecnologia trarão retornos saudáveis.
João Vitor Matanovich de Araujo
Aluno do curso de Sistemas para Internet da FATEC Jales
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