Raras são as pessoas que nunca pararam para pensar por que se chamam Joana, Ana, Jesus, Pedro, não é mesmo? E surgem tantas surpresas nessas “pesquisas” que, já de início, não podemos negar o quão são influenciáveis os nomes que circulam nas mídias, mesmos nas mais tradicionais.
Muitos nomes perpassam uma geração, na tentativa de perpetuar uma espécie de “identidade familiar”: para demarcar gerações, há o João Filho, João Neto, João Sobrinho e, mais modernamente, o Juninho (neste caso, às vezes, até o nome fica ignorado, mas está lá, registrado).
Bem, muitos nomes já caminharam sob outras influências: as da mídia! Na época das radionovelas (sou exemplo vivo), os nomes eram motivados pelos artistas da época e suas famílias: Alessandra Von, filha de Ronne Von, motivou o meu (obrigada, minha irmã!); meu pai queria um nome pequeno, para que não houvesse dificuldade na escrita dele, mas veio um bem grande (kkk) e sobrevivi! A Alessandra Von nascera em 1970 e inspirou muitas famílias a adotarem tal nome (é raro ver uma “Alessandra” com menos de 50 anos... por aí já se sabe a idade da gente!).
As novelas, agora pela televisão, também deixaram (e deixam) suas marcas, com a influência dos nomes Tony, Maitê, Bruna, Carolina/Caroline, Cláudia... Atletas, cantores e artistas também iam semeando seus nomes, com os chamados de Airton (com “i” mesmo), Roberto Carlos, Leandro, Leonardo, Sandy, Rita, Elis, Elza... e a lista é longa! Também Edson, Zico, Ronaldo (sem ser fenômeno nem gaúcho, mas também paraense, paulista...).
A política, divulgada pelos folhetins, pelo rádio e por todas as mídias também marcaram época, como símbolo de patriotismo (hoje seria um pouco complicado...). A fama desses personagens da história era representada, com os nomes Getúlio, Ernesto, Joaquim, Pedro...
Com o advento da internet, as influências extrapolaram as fronteiras e viraram uma festa de “ajeites” nos nomes brasileiros: há David, Davi com inúmeros sons (muitas vezes, para não constranger, é preciso pedir que o próprio sujeito pronuncie o nome); Michel e até Mikael, Mariah, Paul, George...
E assim vamos nós, cada um escrevendo sua história, que, nem sempre, tem a ver com a inspiração do nome, mas isso porque cada um é único, mesmo tendo algo em comum!
Ah, os nomes, embora tão bem-intencionados por quem os escolhe, nem sempre são bem recebidos pelo nomeado. Sim, isso é fato, mas já é assunto para outra reflexão!
Profa. Ma. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.