A palavra “geração”, segundo o dicionário Michaelis, pode ser definida como “grupo de pessoas que nasceram pela mesma época”. Das gerações com as quais convivemos, podemos citar os Baby Boomers, que vieram ao mundo entre 1946 e 1964, período em que houve um aumento importante da taxa de natalidade dos Estados Unidos logo após a Segunda Guerra Mundial.
Entre 1960 e 1980, nasceu a geração X, que presenciou a criação dos computadores e a expectativa de um futuro incerto após essa guerra. Em seguida, surgiu a geração Y, entre 1980 e início dos anos 1990, que acompanhou de perto a popularização da internet. A geração Z nasceu entre 1991 e 2010 e presenciou o “boom” dos aparelhos eletrônicos.
Atualmente, nasce a geração Alpha, termo derivado da primeira letra do alfabeto grego (“?”), simbolizando um novo período para a humanidade.
Essa geração é considerada por muitos como a mais inteligente de todas, pois está inserida em um contexto tecnológico global, em que tudo está conectado por meio dos mais diversos dispositivos eletrônicos e, obviamente, da internet.
Um estudo publicado pela revista científica Intelligence, divulgado pela BBC Brasil no dia 04 de março de 2015, sugere que as novas gerações estão mais inteligentes: “Focados em uma parte do teste de QI, o das Matrizes Progressivas de Raven, eles descobriram que, em média, a inteligência dos seres humanos aumentou o equivalente a 20 pontos desde 1950. Considerando que a pontuação média de um teste de QI é 100, esse é um aumento significativo”.
Com isso, surge um grande desafio aos pais e educadores, que, segundo Fernanda Furia, mestre em Psicologia pela University College London, devem exercer o papel de autoridade, mas não com autoritarismo. As crianças e adolescentes exigirão mais da educação, pois terão o conhecimento e a informação em suas mãos, literalmente, e a apenas um clique. Assim, aqueles deverão encontrar estratégias para orientar seus pupilos quanto a essa torrente de informações complexas, mas nem sempre úteis.
Em muitas escolas, o foco já está deixando de ser o conteúdo para se tornar o aluno, isto é, é ele quem está no centro do processo de aprendizagem por meio das Metodologias Ativas de Aprendizagem. Nessa abordagem, o professor torna-se um mentor, as aulas são baseadas em projetos, e há ainda a tendência de que as classes misturem crianças de idades e perfis diferentes, visando a uma aprendizagem autônoma e colaborativa.
Essa geração viverá em um mundo onde a tecnologia será a prioridade absoluta. Assim, surge um grande desafio para nós, pais e educadores, que temos a grata e difícil tarefa de orientar filhos e alunos de forma que protagonizem seu desenvolvimento. Para isso, é necessário dar-lhes, desde muito pequenos, a autonomia necessária para buscarem novos conhecimentos, incentivando o constante aprendizado, cobrando resultados e, principalmente, monitorando todo esse processo.
Com ou sem tecnologia, educadores e, principalmente, os pais, são parte fundamental do processo de desenvolvimento de uma criança.
Léia Brito Silva de Almeida
Agente técnico e administrativo – Coordenação de cursos
Fatec Jales “Prof. José Camargo”