A classificação dos seres humanos quanto às chamadas “gerações” é algo relativamente recente, se considerarmos que a mais antiga envolve as pessoas nascidas entre 1940 e 1960, denominada Baby Boomer.
Antes disso, havia somente “humanos” que nasciam, estudavam, trabalhavam, construíam famílias e/ou algum tipo de patrimônio, envelheciam e morriam. Simples assim!
A partir dos anos 1940, a evolução humana alavancada principalmente pelo avanço das tecnologias provocou grandes mudanças comportamentais, de tal modo que muitas delas passaram a ser mais rapidamente perceptíveis por meio das gerações (bisavôs, avôs, pais, filhos, netos, bisnetos).
Até o momento, resumidamente, propõe-se uma classificação dividida em cinco gerações.
A primeira, chamada Baby Boomer (1940-1960), refere-se a pessoas leais e comprometidas, competitivas, contestadoras e focadas em resultados. Elas lidam com os avanços tecnológicos, mas de uma forma mais gerencial. Geralmente utilizam a tecnologia para fins mais tradicionais (internet e e-mails).
A geração X (1961-1980) é mais independente e empreendedora, valoriza a estabilidade, inclusive a profissional. É mais resistente a mudanças e busca a ascensão profissional. Teve que aprender a usar internet quando o mundo ainda era offline. Não tem um perfil nativo digital, mas é experiente e dedicada.
Os pertencentes à geração Y ou Millennials (1981-1995) são considerados autônomos, têm múltiplas carreiras e são conhecidos pelo potencial inovador. São mais aptos ao trabalho em equipe, mais informais e imediatistas. Têm mais facilidade para assumir riscos. Cresceram com os recursos tecnológicos à disposição e estão sempre conectados.
A geração Z ou Centennials (1996-2010) é mais “realista”, competitiva e independente, valoriza a consciência coletiva e ações criativas. Tem um senso de tecnologia inato, já que se refere aos primeiros nativos digitais. É mais consciente quanto a questões socioambientais.
A geração Alpha (a partir de 2010) tem grande espontaneidade e autonomia, poder de adaptação e interage com a tecnologia desde o nascimento. É movida pelos estímulos sensoriais, sobretudo visuais, graças às mídias digitais repletas de imagens, como Instagram, TikTok, Snapchat etc.
Agora, imagine todos esses perfis juntos e misturados, convivendo, na maioria das vezes, na mesma casa ou empresa, consumindo e gerando produtos e serviços, de forma coletiva e ao mesmo tempo competitiva!
Verdadeiramente, um choque de gerações que, sem dúvidas, tem gerado grandes desafios à antropologia! E vai piorar! Vêm por aí as gerações Beta, Gama, Delta ...
Prof. Dr. Evanivaldo Castro Silva Junior
Docente da Fatec Jales