E chega outubro, um OUTUBRO ROSA que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), teve início a partir da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, um mês destinado a refletir sobre a prevenção do câncer de mama. Um mês bem feminino, voltado para os cuidados da mulher (pelo menos esse é o propósito), os quais agregam humanização e muita tecnologia.
“Mais do que qualquer outra parte do corpo humano, os seios são fonte de variadas simbologias nas diferentes culturas. Órgão da amamentação e símbolo de feminilidade, eles são ao mesmo tempo fonte de inspiração, desejo e ternura” (INCA, 2020). Erasmo Carlos, na música “Mulher”, exalta também essa nobreza feminina de se doar, “...até o filho quer seu peito”.
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer com maior apontamento de mortandade de mulheres no mundo, entretanto, o alto índice pode ser diminuído, chegando à cura de 90% dos casos quando diagnosticados precocemente (INCA, 2021). Para isso, o INCA adverte que o autoexame é a primeira etapa de uma série de cuidados, seguida de exames de imagem periodicamente realizados (mamografia e, se necessários, ultrassonografia e ressonância magnética), além de hábitos saudáveis de vida, como uma alimentação equilibrada agregada à prática de atividades físicas.
O autoexame nos remete à busca pelo autoconhecimento. Parodiando o filósofo Sócrates “feliz a MULHER que conhece a si mesma” – o autoexame, em nossa intimidade e como rotina, possui um poder diagnóstico tremendo, já que, em contato direto com o nosso próprio corpo, torna-se mais fácil observar se há ou não alterações, por menores que sejam.
Somado a essa “medicina ancestral do autoconhecimento”, temos a robustez da tecnologia que nos assiste por meio de aparelhos cada vez mais sofisticados na busca por imagens exatas e, ainda, na informatização dos tratamentos, quando são necessários, oferecendo técnicas cada vez mais apuradas e menos invasivas para a mulher.
Tudo isso é extremante relevante, entretanto, é preciso que a MULHER, ao buscar ajuda desde a simples informação até os cuidados mais avançados, encontre atendimento e de modo humanizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos consultórios médicos, nos ambulatórios, nos centros de imagem...; caso contrário, todo o trabalho realizado por renomadas ONGs (destacamos a AVVC na região de Jales) e mídias tende a não surtir o efeito esperado.
Desse modo, ações de apoio à mulher comprovam que há resultados surpreendentes: o autoexame deve ser muito bem difundido como rotina; a propagação e incentivo por todas as instituições dos mais diversos segmentos; a divulgação pelas campanhas publicitárias (a mídia tem um poder persuasivo); o investimento em tecnologia por meio da aquisição de aparelhos cada vez mais avançados no monitoramento das imagens e, por fim, a garantia da democratização legítima à mulher em todo o processo que constitui o OUTUBRO ROSA.
Prof.ª Me. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.