Giz, lousa, apagador, livro, caderno, caneta, carteira, sala de aula... (pausa) notebook/celular, câmera, lousa digital, plataforma digital, quartinho de casa... Não é novidade que uma das profissões que tiveram de se (re) inventar nesta pandemia foi a do Professor! Discursos consagrados sobre a docência como “a educação muda um país” e “nobre ofício”, “o professor se eterniza em cada aluno”, mais do que nunca, foram crenças para que esses guerreiros, pertencentes, em grande parte, à geração X, mudassem, dentro de apenas uma semana, para a geração Z (pós-millenial).
Vários poetas relatam a nobreza da docência. Cora Coralina já dizia ao professor “sois o sal da terra e a luz do mundo”! Também filmes e documentários tematizam bons exemplos de professores que mudaram muitas histórias: Escritores da Liberdade, Entre os Muros da Escola, Sociedade dos poetas mortos, Mitã, Pro dia nascer feliz... (vale a pena assistir).
Nesse percurso da docência, não raras as vezes, contou-se ainda com artistas-humoristas para retratar a rotina docente (às vezes com hipérboles “bem exageradas mesmo”), mas que se profissionalizaram a partir da profissão do professor: Chico Anísio, no quadro “Escolinha do professor Raimundo”, nos anos 90, por meio de comunicação televisiva; Diogo Almeida, com temáticas “Vida de professor na pandemia, no ensino remoto...”, transmitidas, principalmente, pelos meios digitais. Ambos, cada um a seu tempo e estilo (já também representam gerações e contextos bem distintos), trouxeram os louros e os desafios da profissão.
Falando em glórias e martírios, indiscutivelmente, eles têm de ser divididos com as famílias que foram mestras, junto aos mestres institucionalizados, na missão de educar! A relação de interdependência ficou ainda mais incontestável, sem sobreposição de função, mas de complementariedade – de um lado, o professor, carecendo do monitoramento da família para a realização da atividade pelos filhos; do outro, as famílias sentindo a falta do tão precioso conhecimento didático para as crianças dispensado pelo professor (parece até uma inerência, não é mesmo?).
O trabalho de apoio aos docentes, para que educação pudesse ser menos impactada, foi tremendo. Professores da Fatec Prof. José Camargo- Fatec Jales, assim como de inúmeras instituições sérias por este Brasil afora, foram capacitados para o uso das novas tecnologias (microfone, webcam, plataformas digitais). Foram momentos árduos vividos – como de um desvelar de si mesmos, publicamente: dormiram em 2020 em suas casas; acordaram em 2030 (ou mais), compulsoriamente, e na casa dos outros!
Dizer da importância do professor é testificar sobre gratidão, sobre apoio, sobre admiração, sobre ser mais bem valorizado, enfim, nas palavras de Bráulio Bessa “tenho fé e acredito na força do professor”, sabe por quê? Ora, porque é um ser biológico, sociológico, psicológico, matemático, linguístico, geográfico, histórico, geográfico e, agora, mais do nunca, tecnológico!
Prof. Me. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.